terça-feira, 24 de setembro de 2013

Amanhã: chegada a Bruxelas da marcha pela dignidade e recuperação de direitos

SOLIDARIEDADE COM AS PESSOAS AFECTADAS 

PELAS HIPOTECAS EM ESPANHA

Está prevista para amanhã, dia 25 de Setembro, a chegada a Bruxelas do grupo de seis activistas do Stop Desahucios – Córdova, que partiu de Córdova no passado dia 1 de Julho, para testemunhar, junto ao Parlamento Europeu, a situação em que vivem as mais de 260 mil famílias que foram expulsas das suas casas, ao longo dos últimos anos, no Estado Espanhol.
Depois de cerca de 2 mil kms de caminhada, este grupo conclui a sua marcha pela dignidade e recuperação de direitos. Integrado na Plataforma pelos Afectados pelas Hipotecas (P.A.H.), um movimento social que luta contra os desalojamentos e pelo direito à habitação no Estado Espanhol, pretendem ainda denunciar:
  • o sistema financeiro e bancário responsável por esta catástrofe social e humana;
  • a recusa do governo espanhol em responder às reivindicações suportadas por uma petição de mais de um milhão de homens e mulheres que, todos os dias se mobilizam para evitar os desalojamentos nas cidades e vilas onde vivem.
E exigir:
  1. a paragem dos despejos;
  2. a anulação da dívida aquando da entrega da casa  - «dación en pago», ou seja, um acordo entre o banco e o comprador/a que permitiria que devolução da habitação permitisse a liquidação da dívida;
  3. a manutenção no alojamento através de um aluguer social adaptado aos rendimentos do agregado familiar;
  4. a construção de alojamento social para responder às necessidades da população.
Lembramos que, em Março passado, o Tribunal de Justiça da União Europeia deu razão à reivindicações da PA.

O Habita – Colectivo pelo direito à habitação e à cidade, compartilha e apoia as reivindicações da PAH. Estamos conscientes que este é um grave problema, não  apenas no Estado Espanhol, mas também noutros países, tendendo a agravar-se em Portugal. Também por esta razão,  saúda a força e a lucidez desta iniciativa deste grupo.

Enviámos hoje um apelo aos e às deputadas europeias portuguesas para que recebam os membros da delegação espanhola e interpelem as instâncias europeias, apoiando as suas propostas.

Tribunal de Justiça Europeu deu razão às reivindicações da PAH

A 14 de Março de 2013, o Tribunal de Justiça Europeu deu razão às reivindicações da PAH, proferindo um acordão segundo o qual «a regulamentação espanhola é contrária ao direito da União Europeia...». A justiça europeia contesta assim a lei espanhola sobre as expulsões imobiliárias: actualmente, quando um proprietário deixa de pagar o seu crédito, o banco pode abrir um procedimento rápido para tomar o seu bem imobiliário, estando previsto um procedimento na lei espanhola que  impede que um "juiz competente possa declarar o carácter abusivo de uma cláusula no contrato de empréstimo para suspender o processo de execução de hipoteca imobiliária". Ora, esta reserva não permite o cancelamento da dívida.

Em Junho de 2013, o Parlamento Europeu atribuiu à PAH o Prémio do Cidadão Europeu 2013, destinado a recompensar “as iniciativas marcantes em favor da Europa” e das acções de todas as pessoas que, todos os dias, concretizam os valores inscritos na Carta dos direitos fundamentais da União Europeia.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Reunião de Inquilinos

dia 16 de Setembro às 18h 30

na Escola Eugénio dos Santos
( Av. de Roma, em frente aos cinemas Alvalade)
Com a presença dos partidos e coligações de partidos com assento parlamentar, candidatos à autarquia de Lisboa

NÃO FALTE
--------------
Comunicado de Imprensa
Inquilinos das Avenidas Novas dirigem-se ao novo titular da pasta do Arrendamento Urbano
Dada a mudança do titular da pasta do arrendamento urbano, a Comissão de Inquilinos das Avenidas Novas considera que já nada obsta a que sejam urgentemente implementadas as três medidas que o PSD propôs em Fevereiro passado e que não foram aceites pela anterior Ministra, a saber:

1º - dilatação do prazo de resposta dos inquilinos ( artº 31-1 ) à carta do senhorio e arquivamento de todas as acções de despejo que decorram do não cumprimento, devido a idade avançada, iliteracia e doença, do prazo de 30 dias hoje em vigor;

2º - extensão do prazo para a entrada em vigor da nova renda, no caso dos inquilinos sem carência económica e que se encontram confrontados com aumentos descomunais da renda;

3º - possibilidade de os inquilinos contestarem o valor patrimonial atribuído ao locado pelas Finanças.

Os inquilinos queixam-se de que estão a ser criadas situações irreversíveis, tanto no arrendamento habitacional como no comercial, que estão a destruir o já difícil período da velhice para milhares de pessoas que pouco a pouco vão desistindo de viver.

Assim, pedem ao Ministro uma audiência urgente para lhe apresentar as alterações globais que propõem à Lei 31/2012.
Lisboa, 4 de Agosto de 2013

A Comissão de Inquilinos das Avenidas Novas
http://www.contraaliberalizacaodasrendasantigas.com/