segunda-feira, 2 de julho de 2012

Carta de solidariedade


 A demolição de habitações sem alternativas adequadas e sem política de habitação para todos e todas é um atentado à vida das pessoas.

Presidente da Câmara Municipal da Amadora
Joaquim Moreira Raposo,

Portugal atravessa hoje uma das mais severas crises da sua história recente. Elevados níveis de desemprego, precariedade laboral e incerteza relativamente ao nosso futuro coletivo exigem que ajamos em conformidade, designadamente, através da salvaguarda de um conjunto de direitos fundamentais, tais como o direito à habitação e urbanismo (artigo 65º da Constituição da República Portuguesa).

A demolição do bairro de Santa Filomena – sem que sejam colocadas em cima da mesa alternativas viáveis e realistas para os seus moradores e moradoras, quer para as pessoas que estão fora do recenseamento, feito há 20 anos atrás, como para as que estando viram, pelo passar do tempo, alterada a sua estrutura e/ou agregado familiar –, demonstra tanto insensibilidade relativamente à situação de vulnerabilidade social e económica que muitos/as deles/as atravessam, como desprezo pela dignidade inerente a qualquer humano (obrigado a viver num espaço sobrelotado, em promiscuidade, etc), e constitui, por isso, um ataque inaceitável a um dos mais elementares direitos da democracia portuguesa. Dezenas de crianças e pessoas idosas, pessoas com problemas de saúde e/ou desempregadas serão colocadas, pela Câmara Municipal da Amadora, numa posição de vulnerabilidade extrema que pode colocar em risco a sua própria sobrevivência.

Venho por isso demonstrar a minha indignação relativamente à opção tomada pelo actual executivo e solidariedade para com os moradores e as moradoras do bairro de Santa Filomena, exigindo a suspensão imediata do processo de demolição actualmente em curso. A construção de cidades socialmente justas e territorialmente coesas não pode ser feita à margem das necessidades e dos direitos daqueles e daquelas que lhes dão vida. 
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La démolition de logements sans alternatives adéquates et sans politique de logement pour tous et toutes est un attentat à la vie des personnes

Président de la Mairie de Amadora
Joaquim Moreira Raposo,

Le Portugal traverse une des crises les plus sévères de son histoire récente. Des niveaux élevés de chômage, de précarité et d’incertitude face à notre futur collectif exigent que nous agissions en conformité, notamment, à travers de la sauvegarde d’un ensemble de droits fondamentaux, tels que le droit au logement et à l’urbanisme (article 65 de la Constitution de la République Portugaise).

La démolition du quartier de Santa Filomena – sans que des alternatives viables et réalistes soient présentées à ces habitants et habitantes, aussi bien pour les personnes qui n’ont pas été recensées, il y a de cela 20 ans, comme pour les personnes qui, l’ayant été, ont vu, avec le passage du temps, changée la structure ou la dimension de leur ménage – prouvent non seulement de l’insensibilité face à la situation de vulnérabilité sociale et économique que beaucoup d’entre eux et elles traversent, comme du dépit envers la dignité des personnes, et constituent donc , pour cela, un attaque inacceptable à un des plus élémentaires droits de la démocratie portugaise. Des dizaines d’enfants, de personne âgées, de personnes ayant des problèmes de santé et/ou étant au chômage seront mises, par la Mairie de Amadora, dans une position d’extrême vulnérabilité pouvant mettre en cause leur propre survie.

Je viens pour cela montrer mon indignation face à l’option prise par l’actuel exécutif municipal, ma solidarité envers les habitants et habitantes du quartier de Santa Filomena et exige la suspension immédiate du processus de démolition actuellement en cours. La construction de villes socialement justes et territorialement solides  ne peut pas être faite à la marge des besoins et des droits de ceux et celles qui leur donne vie.

Signature
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LA DEMOLICION DE VIVIENDAS SIN CONDICIONES ADECUADAS Y SIN POLITICA DE VIVIENDAS PARA TODOS ES UN ATENTADO PARA LA VIDA DE LAS PERSONAS 

Presidente de la Cámara Municipal de Amadora
Joaquim Moreira Raposo

Portugal atravieza por una de las más severas crisis de su historia actual. Elevados niveles de desempleo, precariedad laboral e incertidumbre. Relativamente nuestro futuro colectivo exige que actuemos en conformidad, salvaguardando a través de un conjunto de derechos fundamentales, tales como el derecho a vivienda y urbanismo (artículo 65º de la Constitución de la República Portuguesa).

La demolición del barrio de Santa Filomena- sin que hayan sido propuestos en la mesa, alternativas viables y realistas para sus moradores y moradoras, o para aquellos que no fueron censados, hecho hace 20 años atrás, como para los que estuvieron, por el pasar del tiempo, alterando su estructura familiar y/o su casa -, demostrando tanta insensibilidad a su situación de vulnerabilidad social y económica en los cuales muchos atraviezan, como desprecio por la dignidad inherente a cualquier ser humano (obligado a vivir en un espacio superhacinado, en promiscuidad, etc), y constituye, por eso, un ataque inaceptable a uno o dos derechos fundamentales de la democracia portuguesa. Decenas de niños/as y personas ancianas/os con problemas de salud y/o son desempleados serán colocados, por la Cámara Municipal da Amadora, en una posición de vulnerabilidad extrema que puede poner en riesgo su propia supervivencia.

Vengo por eso a mostrar mi indignación, más por la opción tomada por el actual ejecutivo, y solidaridad para con los moradores y moradoras del barrio de Santa Filomena, exigiendo la suspensión inmediata del proceso de demolición actualmente en curso. La construcción de ciudades socialmente justas y cohesionadas territorialmente no pueden ser hechas al margen de los derechos y necesidades de aquellos quienes dieron su vida.




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