O que propõem concretamente
para o Orçamento de Estado e para a política de habitação?
Torna-se evidente que o anúncio
do grande objetivo do governo em aumentar o parque habitacional “com
apoio público” para 5% (e nem sequer público e nem sequer para
todos) é que esta habitação não se dirige aos mais vulneráveis.
Além de insuficiente, este é
um orçamento injusto: a desproporção dos apoios é vergonhosa! Os
mais pobres e vulneráveis são a última das preocupações, as
verbas destinadas ao mercado da construção e que circularão pela
banca são dominantes.
O Estado atribuirá em 2018,
diretamente, 20 milhões para a reabilitação urbana, de edificado privado, sem qualquer
contrapartida[1]
sobre usos a dar à habitação reabilitada (que esta seja, por
exemplo, acessível). Este é o contributo público nacional para o
montante total de 14 mil milhões de euros[2]
(dos quais 700 milhões serão públicos europeus e o restante da
banca privada) que vai ajudar aos processos de regeneração urbana
que trazem gentrificação.
O governo pretende ainda continuar a atribuir isenções fiscais a fundos de investimento imobiliário, empresas de construção e promoção imobiliária e investimento estrangeiro que fazem reabilitação sem contrapartidas, ou seja permitindo especulação. Este tipo de medidas tem grande impacto na valorização do imobiliário e conduzem ao aumento dos preços da habitação.
Há, no entanto, uma proposta de isenções fiscais para proprietários que queiram aderir à chamada renda acessível. No entanto, o que o governo entende como renda acessível são 20% abaixo do valor do mercado. Tais valores continuam a não ser acessíveis e é uma incógnita quantos proprietários vão aderir a este programa, uma vez que a especulação tem as portas abertas.
O governo pretende ainda continuar a atribuir isenções fiscais a fundos de investimento imobiliário, empresas de construção e promoção imobiliária e investimento estrangeiro que fazem reabilitação sem contrapartidas, ou seja permitindo especulação. Este tipo de medidas tem grande impacto na valorização do imobiliário e conduzem ao aumento dos preços da habitação.
Há, no entanto, uma proposta de isenções fiscais para proprietários que queiram aderir à chamada renda acessível. No entanto, o que o governo entende como renda acessível são 20% abaixo do valor do mercado. Tais valores continuam a não ser acessíveis e é uma incógnita quantos proprietários vão aderir a este programa, uma vez que a especulação tem as portas abertas.
Recusando regular o mercado e,
pelo contrário, favorecendo as tendências que já prevalecem e que
culminam na expulsão de quem vive ou pretende viver na cidade, o
governo subsidia o arrendamento à classe média, destinando-lhe 15
milhões de euros (Programa Porta 65). É mais uma medida que
contribui para manter e aumentar as rendas praticadas (porque é no
fundo um subsídio à propriedade) já inflacionadas pelo alojamento
local e pelos regimes excepcionais de residentes não habituais e
vistos Gold, que este governo escolhe não tocar.
No entanto, todos os partidos
com assento parlamentar aprovaram uma resolução em Fevereiro
(Resolução 48/2017) para o aumento da oferta pública de habitação
social para quem vive na precariedade extrema. Onde está a
materialização desta recomendação?
Gostaríamos de saber, qual é
a posição do Partido de vossa excelência sobre este orçamento e
quais as propostas concretas que fez para a habitação.
Associação Habita!
Esta mensagem foi enviada a todos os partidos políticos.
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