segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Câmara Municipal da Amadora prossegue com demolições e despejos à revelia da interpelação do Provedor de Justiça e de todos os princípios de um Estado de Direito




Apesar de o Provedor de Justiça ter instado a Câmara Municipal da Amadora a suspender as demolições devido à complicada situação social e à falta de legitimidade e competência para esta intervir em terrenos privados, a autarquia prossegue com o seu plano de despejos, continuando a deixar pessoas, que vivem há anos nessas casas, sem qualquer solução, por estarem excluídas do PER, um programa obsoleto e ultrapassado com mais de 20 anos de atraso na sua execução.

É óbvia a má-fé e o comportamento desonesto da autarquia uma vez que tem transmitido às instituições que há alternativas adequadas para as populações que têm vindo a desalojar (o que é falso).Também à comunicação social tem a autarquia transmitido, enganosamente, a informação de que no Bairro 6 de Maio estariam a ser demolidas apenas casas vazias: dia 14 de Fevereiro. Sexta-feira, depois de tornada pública a carta enviada pelo Provedor de Justiça, a Câmara afixa mais um edital para demolir uma casa onde vivem 3 famílias, duas destas são monoparentais, duas mães, uma criança de três anos e outra recém nascida com menos de um mês. Atualmente estas famílias não têm rendimentos e não têm qualquer alternativa de habitação.

O despejo está anunciado para esta semana, a partir de quarta-feira, dia 18 de Fevereiro, 8h da manhã. Convidamos todos e todas a estarem presentes para testemunhar no local a situação das famílias e o que a Câmara Municipal anda realmente a fazer: desabrigar pessoas, trabalhando para interesses privados, em vez dos interesses públicos para os quais está mandatada, e em incumprimento da legislação nacional e internacional que vincula o país em matéria de direitos humanos.

A partir de 4ª feira, 18 de Fevereiro, pelas 8h, lá estaremos todos/as em Solidariedade e Resistência.

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