A demolição de habitações sem alternativas adequadas e
sem política de habitação para todos e todas é um atentado à vida das pessoas.
Presidente da Câmara Municipal da Amadora
Joaquim Moreira Raposo,
Portugal atravessa hoje uma das
mais severas crises da sua história recente. Elevados níveis de desemprego,
precariedade laboral e incerteza relativamente ao nosso futuro coletivo exigem
que ajamos em conformidade, designadamente, através da salvaguarda de um
conjunto de direitos fundamentais, tais como o direito à habitação e urbanismo
(artigo 65º da Constituição da República Portuguesa).
A demolição do bairro de Santa
Filomena – sem que sejam colocadas em cima da mesa alternativas viáveis e
realistas para os seus moradores e moradoras, quer para as pessoas que estão
fora do recenseamento, feito há 20 anos atrás, como para as que estando viram,
pelo passar do tempo, alterada a sua estrutura e/ou agregado familiar –,
demonstra tanto insensibilidade relativamente à situação de vulnerabilidade
social e económica que muitos/as deles/as atravessam, como desprezo pela
dignidade inerente a qualquer humano (obrigado a viver num espaço sobrelotado,
em promiscuidade, etc), e constitui, por isso, um ataque inaceitável a um dos
mais elementares direitos da democracia portuguesa. Dezenas de crianças e pessoas
idosas, pessoas com problemas de saúde e/ou desempregadas serão colocadas, pela
Câmara Municipal da Amadora, numa posição de vulnerabilidade extrema que pode
colocar em risco a sua própria sobrevivência.
Venho por isso demonstrar a minha
indignação relativamente à opção tomada pelo actual executivo e solidariedade
para com os moradores e as moradoras do bairro de Santa Filomena, exigindo a
suspensão imediata do processo de demolição actualmente em curso. A construção
de cidades socialmente justas e territorialmente coesas não pode ser feita à
margem das necessidades e dos direitos daqueles e daquelas que lhes dão vida.
Assinatura
Français - Español
La démolition de logements sans
alternatives adéquates et sans politique de logement pour tous et toutes est un
attentat à la vie des personnes
Président de la Mairie
de Amadora
Joaquim Moreira Raposo,
Le Portugal traverse une des crises les plus sévères de son histoire
récente. Des niveaux élevés de chômage, de précarité et d’incertitude face à
notre futur collectif exigent que nous agissions en conformité, notamment, à
travers de la sauvegarde d’un ensemble de droits fondamentaux, tels que le
droit au logement et à l’urbanisme (article 65 de la Constitution de la
République Portugaise).
La démolition du quartier de Santa Filomena – sans que des alternatives
viables et réalistes soient présentées à ces habitants et habitantes, aussi
bien pour les personnes qui n’ont pas été recensées, il y a de cela 20 ans,
comme pour les personnes qui, l’ayant été, ont vu, avec le passage du temps,
changée la structure ou la dimension de leur ménage – prouvent non seulement de
l’insensibilité face à la situation de vulnérabilité sociale et économique que beaucoup
d’entre eux et elles traversent, comme du dépit envers la dignité des personnes,
et constituent donc , pour cela, un attaque inacceptable à un des plus élémentaires
droits de la démocratie portugaise. Des dizaines d’enfants, de personne âgées,
de personnes ayant des problèmes de santé et/ou étant au chômage seront mises,
par la Mairie de Amadora, dans une position d’extrême vulnérabilité pouvant mettre
en cause leur propre survie.
Je viens pour cela montrer mon indignation face à l’option prise par
l’actuel exécutif municipal, ma solidarité envers les habitants et habitantes
du quartier de Santa Filomena et exige la suspension immédiate du processus de
démolition actuellement en cours. La construction de villes socialement justes
et territorialement solides ne peut pas
être faite à la marge des besoins et des droits de ceux et celles qui leur
donne vie.
Signature
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LA DEMOLICION DE
VIVIENDAS SIN CONDICIONES ADECUADAS Y SIN POLITICA DE VIVIENDAS PARA TODOS ES
UN ATENTADO PARA LA VIDA DE LAS PERSONAS
Presidente de la Cámara Municipal de Amadora
Joaquim Moreira Raposo
Portugal atravieza por una de las
más severas crisis de su historia actual. Elevados niveles de desempleo,
precariedad laboral e incertidumbre. Relativamente nuestro futuro colectivo
exige que actuemos en conformidad, salvaguardando a través de un conjunto de
derechos fundamentales, tales como el derecho a vivienda y urbanismo (artículo
65º de la Constitución de la República Portuguesa).
La demolición del barrio de Santa
Filomena- sin que hayan sido propuestos en la mesa, alternativas viables y
realistas para sus moradores y moradoras, o para aquellos que no fueron
censados, hecho hace 20 años atrás, como para los que estuvieron, por el pasar
del tiempo, alterando su estructura familiar y/o su casa -, demostrando tanta
insensibilidad a su situación de vulnerabilidad social y económica en los
cuales muchos atraviezan, como desprecio por la dignidad inherente a cualquier
ser humano (obligado a vivir en un espacio superhacinado, en promiscuidad,
etc), y constituye, por eso, un ataque inaceptable a uno o dos derechos
fundamentales de la democracia portuguesa. Decenas de niños/as y personas
ancianas/os con problemas de salud y/o son desempleados serán colocados, por la
Cámara Municipal da Amadora, en una posición de vulnerabilidad extrema que
puede poner en riesgo su propia supervivencia.
Vengo por eso a mostrar mi
indignación, más por la opción tomada por el actual ejecutivo, y solidaridad
para con los moradores y moradoras del barrio de Santa Filomena, exigiendo la
suspensión inmediata del proceso de demolición actualmente en curso. La
construcción de ciudades socialmente justas y cohesionadas territorialmente no
pueden ser hechas al margen de los derechos y necesidades de aquellos quienes
dieron su vida.
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